Lao Zi

Lao Zi (老子 Lǎozi) ou Lao Tzu ou Lao Tse ou Lao Tze, foi um famoso filósofo chinês. Pensa-se que viveu por volta do VI século a.C. É considerado como o autor da obra Taoista Dao De Jing (ou Tao Teh Ching, ou Tao Te King, etc.).

Literalmente o seu nome significa “homem velho” e deriva da lenda segundo a qual, teria sido concebido miraculosamente por uma estrela cadente, seguida de uma gestação muito longa de tal maneira que era já um homem velho quando nasceu. Várias histórias descrevem supostos encontros de Lao Zi com Confúcio mas não se sabe sequer se foram contemporâneos.

Actualmente, nos meios intelectuais, está na moda a teoria de que os escritos compilados em Dao De Jing, não passam de uma colecção de pedaços de lendas e sabedoria popular recolhidos daqui e dali. A lenda é muito mais interessante:  Lao Zi era escriba do imperador e um dia, desiludido e desgostoso com  o seu país, decidiu partir. Ao chegar à parte ocidental da muralha, foi detido por um guarda que o reconheceu e não o deixou passar sem que ele escrevesse num livro toda a sua sabedoria. Ele sentou-se e escreveu. Quando acabou levantou-se, partiu e desapareceu.

Ver mais: wikipedia /Daoism in Brief / Lao Tsé / multiversos

Poemas

When beauty is abstracted
Then ugliness has been implied;
When good is abstracted
Then evil has been implied.

So alive and dead are abstracted from nature,
Difficult and easy abstracted from progress,
Long and short abstracted from contrast,
High and low abstracted from depth,
Song and speech abstracted from melody,
After and before abstracted from sequence.

The sage experiences without abstraction,
And accomplishes without action;
He accepts the ebb and flow of things,
Nurtures them, but does not own them,
And lives, but does not dwell.

 

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A coisa mais macia da terra

vence a mais dura.

O que não existe penetra até mesmo

no que não tem frestas.

Nisso se reconhece o valor da não-ação.

O ensino sem palavras, o valor da não-ação

são raros os que o conseguem na terra.

 

 

Tradução: Margit Martincic

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As pessoas têm fome

porque os governantes as esmagam com impostos,

por isso as pessoas morrem de fome.

As pessoas revoltam-se

porque os governantes governam demasiado,

por isso as pessoas se rebelam.

As pessoas desprezam a morte

porque os governantes lhes exigem demasiado em vida,

por isso as pessoas não pensam na morte.

Com pouco para viver

as pessoas não dão muito valor à vida"

 

traduçãpo: António Graça de Abreu.

Trinta raios convergem
No centro da roda,
Mas são os vazios entre os raios
Que facultam seu movimento.

O oleiro molda o barro
E faz um vaso,
Mas é o oco do vaso
Que lhe dá utilidade.

Abra janelas e portas
Nas paredes da casa,
Mas é o espaço entre as paredes
Que lhes dá utilidade.

Assim as coisas existem e parecem o principal.
Mas a utilidade vem daquilo que não é.”

lido aqui